O secretário de Segurança Pública do Estado, Jean Nunes, avocou para Corregedoria Geral, as investigações sobre o caso do policial militar preso em atitude suspeita nas proximidades do gabinete dele, episódio que ficou conhecido como “Caso do P2 Espião”.
Em princípio, foi instalada uma sindicância no Comando Geral da PM para investigação do caso, já que o p2 era ligado ao gabinete do comandante geral da PM, coronel Euller Chaves.
Em contato com o Blog do Anderson Soares, nesta terça-feira (26), Jean Nunes, confirmou a informação. “Será avocado para apuração pela Corregedoria Geral. O corregedor geral Dr João Alves avocou. Estamos aguardando a publicação da portaria”, afirmou.
Entenda o caso
Uma fato inusitado chamou a atenção das pessoas que trabalham com o secretário de Segurança Pública do Estado, Jean Nunes. Um episódio que poderia ser mais uma cena corriqueira da área policial, tem gerado questionamentos devido às peculiaridades. Na quinta-feira (31), um homem foi visto próximo ao gabinete do secretário, porém na parte externa da Secretaria de Segurança, com atitudes suspeitas (como se estivesse à procura de alguém ou colhendo informações).
Seguranças da secretaria perceberam que o homem estava armado e tentaram abordá-lo, porém, ele correu. Os polícias deram um tiro para o alto e conseguiram detê-lo. Segundo algumas fontes revelaram ao Blog do Anderson Soares, o homem foi levado para secretaria e descobriu-se que se tratava de um policial militar do serviço de inteligência (p2), ligado ao Comando Geral da PM. O fato por si só chamou bastante atenção. O p2 foi ouvido e se limitou a dizer que estava realizando uma missão, sem revelar detalhes.
O que chama atenção, é que pessoas próximas ao secretário confidenciaram ao Blog que ele estava, supostamente, sendo vítima de perseguição. De acordo com relatos, carros em atitudes suspeitas eram sempre vistos nas imediações da residência de Jean Nunes. Por medida de precaução, segundo as fontes, o secretário se mudou, recentemente, para outro local. A suspeita, é que Jean estava sendo alvo de retaliação ao trabalho que vem realizando no combate à criminalidade. Porém, alguns questionamentos são inevitáveis: qual seria o interesse ou a relação do p2 com a suposta ameaça, perseguição ou retaliação a Jean Nunes?. O fato pode não ter nenhuma ligação com as suspeitas, mas também não pode ser totalmente descartado. O que chama atenção, também, é que o caso foi “abafado” na secretaria. O que está por trás disso tudo, só os homens da segurança podem responder.