Na manhã desta sexta-feira (8), a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou uma sessão especial para debater as artes marciais como instrumentos de construção cidadã e autoconhecimento, e sua implementação nas escolas da Capital paraibana. Segundo o propositor do debate, vereador Carlão (DC), além dos benefícios físicos das artes marciais, também são comprovados benefícios psicológicos, como o estímulo à capacidade de concentração, ao controle emocional, ao autoconhecimento e ao aprendizado, com o desenvolvimento do espírito de competitividade sadio.
Além do propositor da sessão, compuseram a mesa dos trabalhos os presidentes da Federação Paraibana de Judô (Fepaju), Adjailson Fernandes Coutinho; de Jiu Jitsu, Key Silva Pessoa; de Karatê, Kioshi Luís Acácio da Silva; e de Taekwondo, Moisés Alves dos Santos; além dos representantes da Capoeira, Mestre Colorau, e do Kung Fu, Humberto Cândido; e do Bispo Diocesano da Igreja Anglicana em João Pessoa e propagador das artes marciais na Capital, Márcio Meira.
Carlão destacou o papel fundamental que os esportes, especificamente as artes marciais, desempenharam na sua formação pessoal. O parlamentar também enfatizou que as artes marciais transformam a cidade de João Pessoa, fazendo um trabalho de inclusão social dos jovens. “Aqui nesta mesa estão homens da luta e de luta, que vão nos passar suas experiências nesse trabalho que transforma vidas. As artes marciais chegam onde nenhum outro esporte chega, porque trazem o respeito, a disciplina e a honradez como filosofia de vida inserida na própria luta, elas auxiliam na educação familiar. Vamos mobilizar os poderes públicos a compreenderem a necessidade de se investir nas artes marciais, para fortalecer o trabalho de transformação dos jovens de nossa Capital”, ensejou o vereador.
Adjailson Fernandes Coutinho afirmou que as artes marciais são o antídoto contra a violência perpetrada na sociedade, pois fazem os jovens refletirem sobre a vida e seus valores. “Hoje é um dia histórico, um divisor na história das artes marciais, não só em João Pessoa, mas em toda Paraíba. Nós, professores de luta, somos verdadeiros agentes de transformação social, os samurais da era moderna. Precisamos ter representantes na Câmara e na Assembleia Legislativa para podermos fortalecer nosso trabalho transformador. As artes marciais ensinam sobre respeito e hierarquia, e a escola precisa descobrir o poder da luta padronizada, orientada e transformadora. Duvido que um aluno de arte marcial desafie um professor ou um colega para mostrar poder, pois ele aprende sobre respeito e companheirismo. Essa é a oportunidade de trazermos políticas públicas, através das artes marciais, para a educação da nossa cidade”, defendeu.