Um dia depois da deflagração da quinta fase da operação Calvário, o governador João Azevêdo (PSB) evitou polemizar o assunto, durante agenda em Campina Grande, nesta quinta-feira (10). Questionado sobre o tema, ele se restringiu a dizer que “o Ministério Público faz o papel dele e o Executivo faz o papel que lhe cabe”. A última edição da operação teve três novos secretários como alvos de mandados de busca e apreensão. Um deles, o secretário Executivo de Turismo, Ivan Burity, foi preso preventivamente.
O Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira trouxe as exonerações de Ivan Burity (Executivo de Turismo), Aléssio Trindade (Educação) e Arthur Viana (Imeq). Os três foram acusados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, de terem atuado direta ou indiretamente em esquema de cobrança e recebimento de propinas de empresas fornecedoras do governo da Paraíba.
De fases anteriores, deixaram o governo Livânia Farias (Administração), Gilberto Carneiro (Procuradoria-Geral do Estado) e Waldson de Souza (Planejamento, Orçamento e Gestão). Todos foram alvos de denúncia do MPPB. João Azevêdo decidiu, também, determinar intervenção nos hospitais administrados pelo Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (Ipcep). Foram afastados servidores dos Hospitais Metropolitano de Santa Rita e Regional de Mamanguape.
Sobre mudanças no governo, João Azevêdo disse que elas poderão ocorrer até o dia 31 de dezembro de 2022, último ano da gestão. “Isso é um processo natural. É preciso que haja acomodação sempre que houver necessidade. E eu não tenho dúvida nenhuma e nem tenho problemas para fazê-las. Havendo necessidade serão feitas, sim”, ressaltou o governador. Ele acrescentou ainda em relação a eventuais novas etapas das investigações do Ministério Público que a ele cabe administrar o estado e entregar obras.
“A mim cabe exatamente ter ações como esta. Estar aqui em Campina Grande hoje entregando uma parte de obras, anunciando novas obras, que serão mais de R$ 135 milhões em novas e lembrando ao povo da paraíba e de Campina Grande que só neste ano nós já investimos na cidade de Campina Grande quase R$ 150 milhões. e é assim, é trabalhando. Essa é a função do poder Executivo”, ressaltou.
Com informações de João Paulo Medeiros, do blog Pleno Poder, do Jornal da Paraíba