Nos bastidores, o rompimento entre Ricardo Coutinho e João Azevêdo, já está sacramentado. Resta apenas saber quem vai oficializá-lo, publicamente. Em conversas recentes com pessoas próximas, João tem expressado a dificuldade de convivência com Ricardo e evidenciado o rompimento político com o ex-governador. João não tolera as ingerências de Ricardo no governo. “Ele ainda acha que é governador da Paraíba e João deve seguir as ordens dele”, confidenciou uma fonte. Segundo a fonte, uma sequência de eventos que culminou com o distanciamento e, consequente, rompimento. A intervenção no PSB foi o estopim. “Não há mais como haver convergência”, disse o interlocutor.
Por outro lado, Ricardo se queixa da postura de João em relação à temas polêmicos, como a Operação Calvário, a origem de todo conflito entre os dois. Ricardo cobrou uma postura mais aguerrida de João em defesa dos aliados. Esperava que o governador comprasse a briga. Porém, Azevêdo tem confidenciado que não vai interferir em questões da justiça, o que causou a fúria de Coutinho. São perfis completamente antagônicos e formas diferentes de enxergar o mesmo problema. João esperava um gesto de Ricardo no sentido de uma reaproximação. Já Ricardo se afasta cada vez mais do ex-aliado, atacando-o, veladamente, nos bastidores. Com o distanciamento e passar do tempo, o final dessa história já é, totalmente, previsível.