O ato convocado pelo ex-governador, Ricardo Coutinho (PSB), em favor da conclusão das obras do Rio São Francisco, em Monteiro, no próximo domingo (1), não contará com a participação da maioria dos governadores do Nordeste e de lideranças políticas. Segundo informações exclusivas reveladas ao Blog do Anderson Soares, por fontes de Brasília, o Ministério do Desenvolvimento Regional estaria mantendo contato com os governadores para esclarecer os problemas que levaram à paralização das obras.
De acordo com a fonte, não se trata de problemas de natureza política ou retaliação do Governo Federal à Região, como tem esbravejado o ex-governador Ricardo Coutinho em sua narrativa política contra o governo Bolsonaro. O problema é, eminentemente, técnico. As bombas estão quebradas desde o governo de Michel Temer. O conserto não é simples, demanda tempo. Além disso, a informação repassada aos governadores pelo Ministério é que o conserto das bombas está em fase de conclusão.
Sem o discurso político, constrangidos pelas informações do Governo Federal e temendo maior dificuldade na relação com Brasília, a aposta da fonte privilegiada da capital federal é de que a maioria dos governadores do Nordeste não comparecerá ao evento, exceto o governador do Piauí, Wellington Dias, que já confirmou presença. De acordo com informações de pessoas próximas a João Azevêdo, o governador estaria convencido com os dados técnicos repassados pelo Governo e não comparecerá ao ato.
O ato pode se transformar numa grande derrota política para Ricardo na queda de braço com o Governo Federal. A coletiva concedida por Ricardo, na sexta-feira (23), em Monteiro, para falar sobre o ato foi um fiasco do ponto de político. O evento foi completamente esvaziado, segundo informações de pessoas que estiveram no encontro. Dos prefeitos convidados, apenas dois compareceram. Nem a anfitriã, a prefeita Ana Lorena, prestigiou a coletiva. Das lideranças políticas, apenas o deputado Gervásio Maia e um vereador estiveram no local. Uma prévia do ato de domingo.