A entrevista concedida pelo governador João Azevêdo (PSB), nessa segunda-feira (12), à imprensa, durante visita à Villa Olímpica Parahyba, revela que o governador está mesmo disposto a enfrentar Ricardo para conquistar o domínio do território no PSB paraibano.
Primeiro, Azevêdo refutou a tese sobre a saída de Edvaldo Rosas do comando do partido, como sugeriram os “girassóis raiz”, aliados de Ricardo Coutinho, alegando incompatibilidade com as funções de presidente e secretário de Governo. João rebateu e citou o exemplo de Eduardo Campos, que foi governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB.
Além disso, o governador ressaltou que não apoiará Gervásio Maia, o candidato de Ricardo à Prefeitura de João Pessoa, caso o ex-governador não seja o candidato. Primeiro, Azevêdo disse que é muito cedo para se apresentar nomes. Depois defendeu a discussão sobre o melhor nome, caso Ricardo não tope o desafio de disputar a PMJP.
Por fim, o recado direto sobre as candidaturas do PSB no Estado, incluindo, João Pessoa e quem comandará o processo eleitoral: “as decisões serão tomadas pelo partido. Não é uma decisão individual. Será uma decisão coletiva”. Ou seja, o reinado de Ricardo no Jardim Girassol ruiu. O PSB não é propriedade dele, como idealizou por muitos anos. Suas opiniões têm importância, porém, não é mais soberana.
A declaração do governador é endossada pela maioria dos deputados estaduais, inclusive, Hervázio Bezerra, que cada vez dá sinais de aproximação com João. Nessa disputa interna por espaços e comando, não há dúvidas que o poder sedutor da caneta do governador leva vantagem sobre Ricardo Coutinho.