Na entrevista exclusiva que concedeu aos jornalistas Wellington Farias e Eloise Elane, para o PB Agora, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), chegou a apontar semelhanças entre a Operação Calvário e a Lava Jato. A propósito comentou: “Taí a Vaza Jato. Que negócio é esse? Eu escolho o criminoso para depois eu ir atrás do crime? Eu vejo gente acusada e exposta, que não tem dinheiro para fazer feira. Não tem dinheiro para pagar advogado. Como é que alguém participa de um amplo esquema de corrupção e não tem dinheiro para fazer feira? Tem algo errado no meio disso”.
Sobre a sua relação com o governador João Azevêdo, Ricardo Coutinho disse que, “para a surpresa de muitos”, ele não tem nenhuma interferência na administração do estadual. “Administrativamente, eu nunca fui consultado sobre absolutamente nada. Politicamente, sim, mas em algumas crises. Nas vezes em que fui demandado, tentei contribuir. Mas demandado sempre em crises, não em projeções nem programas”. Perguntado se, de fato, estaria havendo um afastamento político entre ele e o seu sucessor, Ricardo Coutinho respondeu: “Não. Há um respeito. Só posso me incluir num espaço quando sou chamado. Eu respeito isso, e não posso estar extrapolando o meu limite”. Sobre boatos de que ambos estariam perto de um iminente rompimento político, o ex-governador da Paraíba e presidente da Fundação João Mangabeira foi objetivo: “Só discuto política pública. A política eu discuto, porque sei o trabalho que deu tirar a Paraíba daquela situação de antes, para poder chegar a essa outra situação, de indiscutível reconhecimento nacional”.
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