Muito tem se comentado, nos bastidores, sobre um possível arrefecimento, esfriamento ou pressão pelo fim da Operação Calvário. Há quem pense, no meio político, que as investigações já foram longe demais, atingindo em cheio figuras de proa do coletivo do PSB. Mas se engana quem pensa que conseguiu frear o ímpeto das investigações.
A verdade é que, em virtude do volume extenso de informações colhidas, além do mecanismo envolvendo empresas que criaram o ecossistema em torna da Cruz Vermelha, faz-se necessário trabalho minucioso, sem açodamento, semelhante à montagem de um quebra-cabeça, em que as peças já estão nas mãos, restando apenas o tempo necessário para montá-la.
Como se trata de uma Operação complexa, se exige observância de certas formalidades. O fato é que as investigações chegaram ao nível de irreversibilidade. Não há como retroceder. Embora não pareça, o ritmo da Calvário, nos bastidores, continua frenético, tanto aqui quanto no Rio de Janeiro.
Quem aposta no fim das investigações, é bom colocar “as barbas de molho” porque o melhor ainda está por vir ou o pior para alguns. Assim como a Lava Jato, a Operação Calvário é um patrimônio da sociedade paraibana. Atingi-la seria ferir de morte as expectativas e anseios da população de bem desse Estado.