Sem a caneta na mão, o prestígio do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) junto ao aliados cai a cada dia. Seis meses fora do poder e as denúncias da Operação Calvário, que envolvem Ricardistas no esquema de corrupção foram suficientes para alguns aliados próximos se distanciarem do ex-governador, que vive o pior momento político, do ostracismo ao desgaste da imagem com membros do seu governo denunciados pelo Ministério Público.
Tido como um dos Ricardistas mais entusiastas, o secretário de Comunicação, Luís Tôrres, vive uma nova vibe. Tenta se desvencilhar da imagem do homem da extrema confiança de Coutinho na tentativa de conquistar prestígio com o governador João Azevêdo, já que ambos sempre tiveram uma relação distante e de atritos, alvo de registro no blog durante a pré-campanha. Esse é o movimento percebido por uma importante fonte muito ligada a Azevedo.
O problema é que Tôrres não passa a confiança necessária ao núcleo que cerca o governador. Para eles, a dúvida que existe é se o secretário, realmente, tenta se desligar de Ricardo para se aproximar de João ou se o movimento é uma estratégia do próprio Ricardo para entrar no círculo íntimo de Azevêdo, através do jornalista. Como se percebe, o porta-voz do governo continua sendo visto com “olhar atravessado” entre os aliados e amigos de João.