Uma manhã ensolarada de 2018 marcou o start de uma das maiores operações policiais da história da Paraíba. De pronto, a cidade de Cabedelo viu no dia 3 de abril do ano passado 11 pessoas serem presas e 85 servidores públicos afastados dos cargos na cidade. Foi o cartão de visitas da Xeque-Mate, que, ao longo destes 12 meses, levou para a cadeia mais dois nomes. A lista inclui o agora ex-prefeito de Cabedelo, Leto Viana (PRP), e o empresário Roberto Santiago. E quem acompanha o dia a dia da operação diz sem medo de errar que “se engana quem pensa que a operação está perto do fim”. A ação faz parte de uma cooperação entre a Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba.
Veja a lista de presos:
1. Wellington Viana França (prefeito)
2. Jacqueline Monteiro França (vereadora e primeira-dama)
3. Lúcio José do Nascimento Araújo (vereador)
4. Tércio de Figueiredo Dornelas Filho (vereador)
5. Rosildo Pereira de Araújo Júnior Júnior Datele (vereador)
6. Antônio Bezerra do Vale Filho (vereador)
7. Marcos Antônio Silva dos antos
8. Inaldo Figueiredo da Silva
9. Leila Maria Viana do Amaral (servidora pública)
10. Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho
11. Adeildo Bezerra Duarte
12. Roberto Santiago (empresário)
13. Fabiano Gomes (radialista)
Dos personagens que foram presos, até o momento, alguns deles já deixaram a prisão e respondem em liberdade. Leto Viana continua preso no 5º Batalhão da Polícia Militar, local onde se encontra, também, o ex-presidente da Câmara, Lúcio José. A ex-primeira-dama e ex-vice-presidente da Câmara, Jaqueline França, se encontra na 6ª Companhia da Polícia Militar. Júnior Datele, que também foi detido, responde em liberdade, assim como Fabiano Gomes. Leila Viana segue em prisão domiciliar. Ao todo, foram 45 denunciados durante a operação. No dia 3 de abril do ano passado foram cumpridos, também, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba.
Até agora, como colaboradores, são relacionados Júnior Datele, o ex-secretário Olívio Oliveira e o ex-vereador Lucas Santino. Este último foi o primeiro a delatar o esquema iniciado com a suposta compra do mandato do ex-prefeito Luceninha, em 2013. Já foram apresentadas denúncias na Justiça nos casos da Organização Criminosa (Orcrim), no caso das cartas-renúncias, compra de mandato e tapa-buracos. Novas denúncias estão em fase de conclusão para serem protocoladas. A PF e o Gaeco contaram, também, com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU).
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