O deputado Pedro Cunha Lima, do PSDB, condenou à censura imposta por Alexandre de Moraes à Crusoé e a O Antagonista, por causa de
“Da imprensa, eu prefiro o erro à censura. As instituições devem funcionar para deixar a censura no passado. Há outros meios para lidar com aquilo que é publicado.”
Ele acrescentou:
“É um precedente perigoso. A partir de agora, o STF vai funcionar como órgão de censura do que se publica? Serve para todos ou apenas com o que diz respeito ao próprio Supremo?”
Entenda o caso:
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que a Revista Crusoé e o site O Antagonista “imediatamente” do ar a reportagem de capa da última edição, intitulada “O amigo do amigo de meu pai”.
Moraes também ordena que a Polícia Federal intime os responsáveis pela publicação da reportagem “para que prestem depoimentos no prazo de 72 horas”.
O ministro afirma haver “claro abuso no conteúdo da matéria veiculada”.
A reportagem de que trata a decisão do ministro foi publicada com base em um documento que consta dos autos da Operação Lava Jato.
Nele, o empreiteiro Marcelo Odebrecht responde a um pedido de esclarecimento feito Polícia Federal, que queria saber a identidade de um personagem que ele cita em um e-mail como “amigo do amigo de meu pai”.
Odebrecht respondeu tratar-se de Dias Toffoli, conforme revelou Crusoé em sua edição de número 50, publicada na última sexta-feira, 12.
O Antagonista