Neste domingo, 7 de abril, é comemorado o Dia do Jornalista. A data foi instituída em 1931, por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830. Ele era um oposicionista ao imperador D. Pedro I e foi o criador do Observatório Constitucional, jornal independente que focava em temas políticos até então censurados ou encobertos pelo monarca. Badaró era defensor da liberdade de imprensa e morreu em virtude de suas denúncias.
Pela passagem da data, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba emitiu uma nota na qual lamenta os baixos salários pagos à categoria. O texto também registra a frustração da entidade com a classe patronal, que se recusa a reajustar os salários dos profissionais e tem, segundo a nota, dificultado todo tipo de negociação.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba
NOTA
Companheir@s, jornalistas
Neste 7 de abril queremos parabenizar a tod@s que exercem a profissão de bem informar. Temos na Paraíba, nas velhas e novíssimas gerações, grandes talentos, homens e mulheres capacitados e devotados ao dever de transmitir informações com clareza, justiça e equilíbrio.
Mas, neste dia que nos traz orgulho pela beleza e importância de nossa profissão, também nos cabe a missão de lamentar que os salários dos jornalistas sejam irrisórios e que, na maioria das vezes, não permitam uma vida digna aos profissionais e suas famílias, daí a necessidade de se ter mais de um emprego, a corrida contra o tempo para conciliar tantas atividades, sem o estímulo à atualização ou a novos níveis de qualificação. Lamentamos também que o piso dos jornalistas na Paraíba longe de nos alegrar, nos cause vergonha.
Há três anos não temos convenção coletiva de trabalho pela intransigência dos patrões, que só querem fechar acordo com cláusulas prejudiciais à legislação trabalhista e normas aviltantes à classe jornalística.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba está negociando novamente, mas sempre esbarra na mesquinharia da classe patronal que na última reunião encaminhou através de seu assessor jurídico um decreto no qual cita que não haverá mais desconto da contribuição social.
Infelizmente, os empresários de Comunicação externam um comportamento retrógrado, estimulam vínculos precários, em que contratos por nota fiscal substituem a carteira assinada e fragilizam os direitos dos jornalistas.
Mesmo diante de todas essas dificuldades, o sindicato vai continuar lutando contra as adversidades e tendo esperança que a reforma trabalhista seja revertida.
Vivemos uma época difícil como a da tadura militar, mas manteremos a luta e a resistência.