Há algo a mais no ar do que os aviões fretados que vieram do Rio de Janeiro à Paraíba trazendo dinheiro do esquema fraudulento apurado pela Operação Calvário na Cruz Vermelha gaúcha. O carreto de propina, conforme consta das investigações foi transportado em voo fretado por Michelle Louzada Cardozo para tentar turbinar a campanha de Ricardo Coutinho. Michele, secretária de Daniel Gomes da Silva, considerado o cabeça da organização criminosa.
Pois, há no ar um alerta para os demais envolvidos no escândalo, após Daniel requerer desistência num pedido de habeas corpus para deixar a prisão, no Rio de Janeiro, onde se encontra desde 14 de dezembro de 2018, quanto foi detido, ao retornar de uma viagem a Portugal. Daniel havia requerido um segundo habeas corpus, junto ao Supremo Tribunal Federal, na tentativa de deixar a prisão
Mas, há poucos dias, de forma surpreendente, ele protocolou, através de seus advogados, um pedido de desistência do HC. A ministra Rosa Weber atendeu seu pedido e homologou sua desistência. Há algumas semanas, o ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, já havia negado outro habeas corpus impetrado pelo chefe da organização criminosa.
Advogados ouvidos pelo Blog entendem que, se Daniel desistiu de pedir sua soltura, via habeas corpus, primeiro foi com a suspeita de que seria negado novamente, e depois pode ter aberto caminho para fazer delação do esquema que movimento mais de R$ 1,7 bilhão na Cruz Vermelha gaúcha. Entre 2011 e 2018, a Cruz Vermelha recebeu mais de R$ 1 bilhão do governo do Estado, com a terceirização do Hospital de Trauma.
Com blog marcelojose.com.br
Crédito: Helder Moura