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João Azevêdo se antecipa e exonera assessor investigado na Operação Calvário

Operação Calvário prendeu empresário em João Pessoa

 

O governador João Azevêdo (PSB) está tomando medidas que sinalizam uma antecipação aos fatos que devem ser desencadeados nos próximos dias em relação à nova fase da Operação Calvário, que investiga desvio de dinheiro pela Cruz Vermelha, entidade que administra o Hospital de Trauma, Metropolitano e de Mamanguape.

Além de decretar intervenção na gestão dos hospitais, na última sexta-feira (25), o governador publicou no dia 18 de janeiro, a exoneração de Leandro Nunes Azevêdo, assessor da secretária de Administração do Estado, Livânia Farias. Leandro é investigado pelo Gaeco do Rio de Janeiro na Operação Calvário.

Segundo informações reveladas ao Blog do Anderson Soares, nova da Operação Calvário deve ser desencadeada nos próximos dias na Paraíba. Vários mandados aguardam autorização da justiça para serem efetuados. Informações dão conta que pessoas com influência no Governo do Estado serão alvos da operação.

Entenda o caso

A Cruz Vermelha do Brasil – Filial Rio Grande do Sul tem firmado na Paraíba a maior parte do montante investigado no bojo da Operação Calvário. Ao todo, o grupo movimentou R$ 1,7 bilhão de contratos firmados entre 2011 e 2018. Deste montante, R$ 930 milhões são fruto do contrato com o Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.

O empresário Roberto Kremser Calmon foi preso no dia 14de janeiro em João Pessoa. Ele é um dos 11 alvos dos mandados das prisões preventivas que levaram toda a cúpula da instituição para a cadeia. Ao todo, o grupo teria desviado R$ 15 milhões de recursos públicos nos contratos, segundo estimativa prévia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A ação contou ainda com as colaborações dos ministérios públicos da Paraíba e de Goiás.

O outro lado

Em nota, o Governo do Estado afirmou que o contrato com a Cruz Vermelha foi firmado em 2011 e renovado em 2012. No ano passado, em nova licitação, a instituição foi vencedora. O contrato atual tem duração até meados do ano que vem. No ano passado, de acordo com o Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres), do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a empresa recebeu R$ 152 milhões como fruto do contrato. A gestão do Hospital de Trauma, vale ressaltar, é feita via Organização Social, a cargo da Cruz Vermelha.

 

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