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Após escândalos, Governo determina intervenção em hospitais administrados pela Cruz Vermelha

Entrevista de João Azevêdo durante posse no Centro de Convenções

 

Os hospital de Trauma, em João Pessoa, Metropolitano, em Santa Rita, e Hospital Geral de Mamanguape, atualmente administrados pelo mesmo grupo, alvo da operação Calvário, ocorrida no ano passado pelos Ministérios Públicos da Paraíba e do Rio de Janeiro e que culminou na prisão de toda a cúpula da Cruz Vermelha Brasileira – filial do Rio Grande do Sul, por desvios de recursos e corrupção, estão voltando ao controle do Governo do Estado.

Em meio a possíveis desdobramentos que estariam em curso nas investigações, que já detectou que a empresa estaria lucrando com o desvio de dinheiro público, nesta sexta-feira (25), o governador João Azevedo determinou uma intervenção por parte do Governo do Estado no gerenciamento, operacionalização e oferta de ações e serviços de saúde nessas unidades.

Pelo decreto publicado no Diário Oficial do Estado, o Governo do Estado realizará ações técnicas, assistenciais, administrativas e financeiras.

O objetivo da medida, segundo o governador, é “regular o gerenciamento a fim de evitar o comprometimento da prestação de serviços de saúde à população, assegurar o adimplemento das obrigações previstas em contratos com as Organizações Sociais, imprescindíveis à continuidade da adequada prestação dos serviços e averiguar eventuais inconsistência e inconformidades no gerenciamento das unidades hospitalares”.

Com a intervenção, as OS ficam proibidas de movimentar recursos financeiros, admissão movimentação e demissão de empregados, além da rescisão, aquisição e contratação de bens e serviço.

As Organizações Sociais contratadas pelo Estado terão que formalizar um relatório patrimonial, financeiro e inventário de bens e equipamentos das unidades geridas.

O coronel do Corpo de Bombeiros, Lucas Severiano, ficará responsável pelo Hospital de Trauma da Capital. Já o procurador do Estado Lúcio Landim Batista foi designado para o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires e para o Hospital Geral de Mamanguape.

O prazo da intervenção é de 90 dias, prorrogável por igual período.

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