Referência no atendimento a pacientes com câncer em todo o Estado, a Fundação Hospital Napoleão Laureano é mantida através de recursos destinados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), emendas parlamentares, doações, contribuições e trabalho voluntário de populares. Dos serviços prestados no hospital, mais de 90% são a pacientes do SUS.
Para a execução dos seus serviços, o hospital dispõe em sua folha inúmeros funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, físicos, engenheiro clínico, entre outros profissionais, além de algumas atividades que, por “interesses operacionais”, são realizadas através de terceirização. Mas apesar do inegável trabalho prestado à sociedade, não são as benfeitorias do hospital que recentemente vem ocupando espaço na mídia.
Uma disputa judicial entre a antiga e atual direção da Fundação Hospital Napoleão Laureano veio à tona nas últimas semanas. Tramita no Poder Judiciário do Estado da Paraíba, Mandado de Segurança tombado sob número 0833585-18.2018.8.15.2001, de autoria do ex-diretor do hospital, Ivo Sérgio Correia Borges da Fonseca, que pede acesso a dados “obscuros” da Fundação. Ao analisar o processo, o juiz Titular da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Antônio Carneiro de Paiva Júnior, com base no artigo 2º da Lei 12.527/11, que dispõe acerca do acesso a informações, deferiu parcialmente a solicitação do ex-diretor Ivo Sérgio e determinou a atual direção do Hospital Laureano que disponibilizasse os documentos listados na ação, no que concerne as atividades desenvolvidas mediante aplicação de recursos públicos. A direção do Hospital Napoleão Laureano recorreu da decisão, tendo o desembargador Marcos Cavalcante acatado o pedido. Atualmente, o processo encontra-se parado aguardando julgamento na Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba.
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Após a veiculação pela imprensa do processo envolvendo os diretores do Laureano, a troca de farpas tornou-se pública, tendo ambos os lados ocupado espaço na mídia para trocar acusações.
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Nesta segunda-feira (14), uma fonte do próprio hospital entregou à imprensa relação contendo dezenas de nomes e funções de parentes, filhos, sobrinhos, primos e agregados da atual direção que integra o quadro funcional do hospital. Juridicamente, a prática pode não ser considerada ilegal, mas pode parecer imoral aos olhos da sociedade, doadores, voluntários e demais pessoas envolvidas e dedicadas ao bom funcionamento do Hospital.
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