As mulheres gestantes na cidade de João Pessoa terão, a partir de agora, o direito ao exame que identifica a trombofilia e ao tratamento da doença na rede de saúde pública do município. Isso será possível graças ao Projeto de Lei Ordinária (PLO), de autoria da vereadora Raíssa Lacerda (PSD), aprovado durante sessão e votação de matérias na última quarta-feira (21), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP).
O PLO institui o Programa de Exame de Trombofilia no Município, com o objetivo de garantir uma gestação mais segura às mulheres que têm a doença. A vereadora Raíssa alerta no projeto que a trombofilia se caracteriza por promover alterações na coagulação sanguínea que resultam em um maior risco para trombose, e pode ser adquirida ou hereditária.
Segundo ela, a doença atinge os dois sexos, mas em mulheres gestantes a trombofilia pode gerar mais complicações, como abortamentos, partos prematuros, eclâmpsia, trombose nos membros inferiores ou embolia pulmonar.
Conforme o texto do projeto, a investigação deverá começar na primeira consulta com o obstetra ou ginecologista. A ideia é possibilitar ao profissional de saúde conhecer o histórico familiar da paciente, investigando se há parentes de primeiro grau com trombose ou gravidez com complicações e outros fatores hereditários. Como a trombofilia pode ser hereditária, ter parentes de primeiro grau com trombose ou gravidez com complicações devem ser sinal de alerta.
As mulheres que têm trombofilia devem fazer tratamento durante toda a gestação, já que a trombofilia provoca uma falha no sistema de coagulação sanguínea.
O Projeto de Raíssa Lacerda vem recebendo o apoio de centenas de médicos da Capital paraibana e de outros Estados brasileiros. O renomado médico obstetra, Domingos Mantelli, elogiou, em seu #Repost @domingosmantelli @download_repost, a iniciativa da parlamentar pessoense e comentou que “até que enfim as autoridades desse país estão abrindo os olhos quanto à necessidade da investigação das trombofilias, já na primeira gestão.
A matéria vai para o prefeito Luciano Cartaxo sancionar. Raíssa Lacerda faz questão de frisar que a proposta vai beneficiar milhares e milhares de mulheres gestantes da Capital, que sofrem com o problema de saúde, precisam de tratamento médico, no decorrer da gestação, e também carecem dos exames para detectar a doença. “Muitas mulheres já morreram por conta da trombofilia, por falta de medicamento e a ausência do diagnóstico da doença”, ressaltou Raíssa, que acredita na sensibilidade do prefeito em favor da causa.