As investigações da Operação Capitu, que é um desdobramento da Operação Lava Jato, apontam que o ex-deputado e atual vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PSC), recebeu R$ 50 mil do grupo JBS em propina.
O valor era uma contrapartida em decorrência da tentativa de promover a federalização das inspeções sanitárias de frigoríficos por meio de uma emenda, cujo objeto tinha natureza totalmente diversa do escopo de uma medida provisória na qual foi inserida.
A PF cita ainda o financiamento ilegal de R$ 30 milhões para campanha de um deputado para disputar à Presidência da Câmara Federal, em troca de atendimento dos interesses corporativos do grupo JBS no Ministério da Agricultura.
A PF chegou a divulgar a informação que tratava -se de um deputado federal, mas Manoel Júnior renunciou ao mandato para assumir o cargo de vice-prefeito em 2017. Ele disputou uma vaga à Câmara Federal, este ano, mas não se elegeu.
Além Paraíba, a Polícia Federal cumpre mandado em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A ação é baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB.