O candidato à presidência da República, Fernando Haddad (PT), desembarcou pela última vez como presidenciável na Paraíba nesta sexta-feira (260, onde liderou a “Caminhada da Virada”, junto ao atual governador Ricardo Coutinho e ao futuro governador João Azevêdo. Juntos, eles levaram milhares de pessoas às ruas da Capital paraibana. O presidenciável admitiu que o partido e o sistema político precisam fazer uma autocrítica, mas que “representa um projeto que tem mais acertos do que erros”.
Falando em virada, Haddad criticou as ações nas universidades públicas, as quais ele classificou como “onda de intimidação” aos professores, aos jornalistas e a toda uma população que quer exercer seu direito a se manifestar. “A universidade tem autonomia para isso. Uma universidade é um órgão que tem toda uma liberdade para emitir opinião sobre tudo, em proveito da democracia. Mas o Brasil não vai se intimidar diante da violência, vamos dar uma resposta no domingo”, declarou.
Haddad afirmou que o adversário estimula a violência nos outros. “Tudo o que ele pensa e fala estimula as pessoas violentas a sair do armário. Se ele fosse para um debate comigo, tudo isso iria ficar claro. O desprezo dele pelo povo do Nordeste, pelos negros, pela mulher e pelas regras democráticas”, destacou.
Por fim, ao ser questionado sobre um dos problemas mais apontados pela população, o petista assegurou que liberar o porte de arma no país não é solução para o fim da violência. “Nós vamos resolver o problema de segurança dobrando o efetivo da polícia federal e puxando para a União o combate ao crime organizado, liberando as polícias militar e civil para fazer o seu trabalho do dia a dia na segurança pública”, concluiu.