“O senador Cássio Cunha Lima apresentou o que, na opinião dele, são os três principais desafios inadiáveis do Brasil de hoje: equilíbrio fiscal, melhorar a competitividade da economia e investimento em educação.
‘O governo federal gasta 220 bilhões de reais com a educação e paga 380 bilhões de reais de juros da dívida pública por ano. Não é possível! Essa conta não fecha! As prioridades estão invertidas, é preciso rediscutir o Estado brasileiro!” afirmou Cássio, em entrevista ao Correio Debate nesta segunda-feira (10).
Quem quebrou o Brasil Para o senador, “quem quebrou o Brasil foi o governo, com uma máquina pública inchada, corrupta e ineficiente”.
“Quem quebrou o Brasil não foi o trabalhador, o comerciante, o profissional liberal. Quem quebrou o Brasil foi o governo, que não fez o dever de casa, não cortou privilégios, não cortou mordomias e nem tocou no gigantismo da máquina pública” acusou o senador.
Ele disse que o brasileiro trabalha cinco meses do ano apenas para pagar impostos “e não tem sequer a contrapartida do governo em áreas essenciais, como saúde, educação e segurança”.
‘Dor de barriga’ “Aí, quando tem uma ‘dor de barriga’, o governo logo propõe aumento de impostos. A sociedade não agüenta mais pagar impostos! Eu não voto a favor e não aceito, sequer, discutir a possibilidade de aumento de nenhum imposto. Não faz sentido o Estado continuar sufocando a sociedade, que não suporta mais pagar impostos” garantiu Cássio.
Cássio disse que as prioridades, no Brasil, estão trocadas. “Precisamos acabar com a ilusão de que o Estado tem dinheiro para tudo. Não tem. É preciso eleger prioridades, e elas não podem continuar sendo dirigidas ao ‘andar de cima’, na forma de privilégios e mordomia, mantidos à custa do sacrifício dos trabalhadores honestos, que estão no andar de baixo” argumentou.
Segurança Sobre a crise penitenciária, Cássio destacou a gravidade do fato, o tamanho do problema e alertou para a necessidade da criação da polícia penitenciária, cujo projeto, de sua autoria, está em tramitação no Câmara dos Deputados, depois de ter sido aprovado no Senado Federal.