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Eleições 2018: Cássio Cunha Lima defende ampliação do porte de armas

Em entrevista à CBN Paraíba, nesta segunda-feira (3), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) defendeu a ampliação da concessão do porte de armas. A proposta, que pretende apresentar, caso seja reeleito para o Senado Federal no entanto, limita o porte para os moradores da zona rural e aos agentes de estado fardados. O tucano abriu a rodada de entrevistas com os candidatos ao Senado e ao governo da Paraíba, informa reportagem do Jornal da Paraíba.

Segundo Cássio, a questão do morador do campo, o porte de arma é importante, já que a resposta da segurança não é tão ágil. “Também tenho uma defesa clara para as pessoas que trabalham fardadas, como os agentes de trânsito, os guardas municipais, os oficiais de Justiça e os agentes penitenciários. Eu tenho um projeto de lei, por incrível e pouca gente sabe, mas um policial fardado, enfrentando bandido, quando ele vai para a reserva, ele perde o porte de arma. Enquanto isso, os bandidos fortemente armados. Então, que pelo menos o estado esteja armada para defender o cidadão”, defendeu o tucano.

Durante os 40 minutos da sabatina, Cássio Cunha Lima também respondeu questionamentos sobre propostas relacionadas ao Ajuste Fiscal, redução de privilégios, Reforma da Previdência e Saneamento, além de tema políticos partidários, como a sua relação com o presidente Michel Temer (MDB) e a dificuldade do PSDB em ampliar espaços no Nordeste.

Relação com Temer e Lula
Apesar de ter votado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Cássio Cunha Lima negou que apoie o governo do presidente Temer. “Tem um episódio que eu faço o reconhecimento dele em ter terminado o Eixo Leste da Transposição. Mas a posição de Pedro Cunha Lima (deputado federal pelo PSDB e seu filho, que votou favorável ao recebimento da denúncia contra Temer), já que a matéria não chegou ao Senado, fala por mim e a posição do PSDB da Paraíba contra o governo Temer. Eu não votei em Temer. Quem votou em Temer foi quem votou em Dilma Rousseff. Aqueles que estavam no governo do PT até às véspera das eleições é quem tem que prestar conta”, argumentou.

Questionado sobre a dificuldade do PSDB em ampliar espaços com o eleitorado nordestino, sobretudo o candidato à presidente Geraldo Alckmin, Cássio admitiu que a influência de Lula é inquestionável. “Não credito que tenha uma falha do PSDB ou de qualquer partido. O que se percebe é uma força de Lula que não é sequer do PT, mas é algo personalíssimo com o ex-presidente. Isso acaba diminuindo espaço para outros partidos”, afirmou.

Arrocho fiscal e Reforma Previdenciária
Cássio Cunha Lima também firmou posicionamento pela redução da carga tributária. “É preciso conter os impostos para que o empresário possa competir e gerar mais empregos. O Brasil não vai sair da crise aumentando a carga tributária. Sou contra o aumento da carga tributária”, pontuou.

Com relação à reforma previdenciária, o tucano lembrou que a matéria ainda não foi apreciada pelo Congresso Nacional e acusou setores de amedrontar a população com propósitos políticos.

A reforma da previdência eu tenho duas posições: Não voto contra o trabalhador rural, não vou desfazer o que fiz como deputado constituinte, e não voto contra mudanças no benefício de prestação continuada para deficientes e idosos que não têm renda. No restante vamos fazer a discussão e enfrentar os privilégios. Defendo uma previdência igual para todos”, afirmou.

Redução de privilégios
Cássio Cunha Lima disse que a redução de privilégios é uma pauta que tem que estar presente no Congresso. O tucano destacou um projeto relatado por Pedro Cunha Lima que regulamenta o uso de carros oficiais pelos congressistas. “Já devolvi o carro que uso para dar exemplo. O Brasil está criando consciência que não é mais possível”, disse.

O tucano voltou a lembrar que a carga tributária que o brasileiro enfrenta é insuportável. “A dívida pública consome o dobro do orçamento da saúde e educação. O combate a esses privilégios é uma necessidade imperiosa. Ninguém aguenta mais pagar impostos e é preciso combater isso”, enfatizou.

Cássio também lembrou que em sua trajetória política fez vários exercícios para reduzir a máquina pública. “Quando fui governador reduzimos em seis mil cargos comissionados. Abdiquei de um instrumento de poder que delegados era cargos de confiança e eu institui o concurso público e todos passaram a ser nomeados mediante concurso público. Quando fui governador não morei na granja, mas há o passo adiante que é o que Lucélio pretende que é transformar a Granja Santana em espaço público”, disse.

Entrevistas na CBN

A sabatina com os candidatos aos Senado pela Paraíba segue nesta terça-feira (4), com o candidato únido do MDB, Roberto Paulino. A ordem dos entrevistados foi definida por meio de sorteio, com a presença de representantes de todos os partidos.

As entrevistas ocorrerão em rede, a partir das 10h, e serão transmitidas pela CBN João Pessoa e pela CBN Campina Grande, com perguntas formuladas por âncoras e colunistas. Haverá também a participação dos ouvintes. São 40 minutos de entrevista, descontados os intervalos.

Veja a ordem das entrevistas dos candidatos ao Senado e governo da Paraíba:

SENADO

Dia 4 – Roberto Paulino (MDB)
Dia 5 – Nelson Júnior (PSOL)

Dia 6 – Nivaldo Mangueira (PSOL)
Dia 10 – Luiz Couto (PT)
Dia 11 – Veneziano Vital do Rêgo (PSB)
Dia 12 – Daniella Ribeiro (PP)

GOVERNO

Dia 17 – Tárcio Teixeira (PSOL)
Dia 18 – Rama Dantas (PSTU)
Dia 19 – José Maranhão (MDB)
Dia 20 – Lucélio Cartaxo (PV)
dia 24 – João Azevêdo (PSB

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