O candidato a deputado federal Bruno Cunha Lima (SD) foi o único que não utilizou verbas do fundo eleitoral na sua campanha. Ele foi contra a retirada de quase R$ 2 bilhões dos cofres públicos para financiar candidaturas. “Todo esse dinheiro sai da saúde, educação e segurança para bancar as campanhas dos candidatos mais poderosos. Não há uma divisão igualitária desses recursos, só recebe quem tem perspectiva”, disse.
Na eleição de 2014, quando disputou o mandato de deputado estadual, o parlamentar foi o único entre os eleitos pelo partido que fazia parte a não receber recursos da sigla. Bruno disse que por uma questão de coerência, continua com o mesmo posicionamento agora, na campanha de federal, rejeitando mais de R$ 1 milhão do Fundo Eleitoral que teria direito.
“Não rejeitei esse dinheiro pra tentar ser “bonzão”. Rejeitei porque tenho em mim a responsabilidade de ser cristão, porque há 4 anos convivo dentro dos hospitais de câncer aqui da Paraíba e sei das dificuldades que os pacientes enfrentam todos os dias com falta de remédios, com as dificuldades para realizar exames e cirurgias. Não tem argumento que consiga justificar a um paciente desse que falta dinheiro para a saúde mas sobra dinheiro para as campanhas. Quando a “turma” que está lá em Brasília retira R$ 2 bilhões de dinheiro público para pagar suas eleições dá prova daquilo que todo brasileiro já sabe: não falta dinheiro nesse país, falta é prioridade e honestidade”, disse.