O portal Paraíba.com divulgou uma matéria, nesta terça-feira, com a relação de obras e serviços que integram o que é batizado de “pacote de inaugurações do governo” como presente pelo aniversáriode João Pessoa.
É de doer. Causa pena. Dá dó.
Constam do intitulado pacote de presentes do governo Ricardo Coutinho alguns itens que até prefeituras pequenas se envergonhariam de anunciar, como são os casos da “implantação do sistema de combate a incêndio da Escola Estadual José Vieira” e da “reforma da rede de frio da Secretaria de Saúde do Estado”.
O governo também anuncia a inauguração da “reforma do Centro de Artesanato Júlio Rafael” e da “quadra coberta da Academia de Polícia (Acadepol)”.
São realizações mais do que acanhadas. Com agravantes: essa reforma do Centro de Artesanato Júlio Rafael quase não acaba e se descobre que a obra da Academia de Polícia, tão propalada naquela famosa permuta de terreno do governo para construção do Mangabeira Shopping, ficou inconclusa. Ou seja, era uma contrapartida privada, mas é o povo da Paraíba quem está pagando para terminar a obra.
O pacote elenca duas outras obras que revelam bem o cenário de fim de feira do atual governo estadual: a duplicação do acesso ao Aeroporto Castro Pinto e a passarela de acesso à Faculdade Iesp.
São dois vergonhosos retratos de incompetência e da cara-de-pau do governo do Estado. Primeiro, as duas obras, além de muito pequenas para o porte do Estado, se arrastam há anos no limbo do atraso. Depois, nem estão no território de João Pessoa. O aeroporto fica em Bayeux e o Iesp está localizado em Cabedelo.
O governador relacionou ainda na lista de entregas a Perimetral Sul, que se arrasta há quase seis anos e teve seu preço aumentado em cerca de cinco vezes; a ampliação da ala de radiologia do Hospital Napoleão Laureano e novo prédio da Escola Manoel Lisboa.
Essa estranha e insignificante relação de inaugurações do governo para o aniversário de João Pessoa só mostra que a gestão Ricardo Coutinho não tem o que entregar à capital do Estado, cidade que entrega a maior arrecadação de impostos do Estado. Como marcha a passos largos para um fim melancólico, só resta gritar aos quatro ventos que fez e aconteceu, mesmo entregando pouco ou quase nada.
É fim de feira. Tá se acabando.