Quatro anos atrás, o Brasil foi abalado por uma tragédia sem precedentes: a morte do então candidato a presidente da República pelo PSB, Eduardo Campos, e de mais seis pessoas, piloto, co-piloto e assessores, em uma queda da aeronave em Santos, São Paulo.
Uma fatalidade tamanha que o Brasil ficou estarrecido, as campanhas pararam, os candidatos ficaram atônitos, o mercado entrou em colapso e não houve um brasileiro que não chorasse ao ver as imagens do pequeno avião se desmanchando no ar.
As tevês, os jornais, as redes sociais, toda a mídia e toda a gente, de todo o Brasil, de diferentes gerações e extratos sociais, lamentou a morte do político promissor e assistiu aos vídeos, fotos e textos que demonstravam a dor e o amor da família linda que você deixou.
Fomos amigos por mais de 20 anos. Ajudamo-nos quando o inverno de nossas vidas foi mais frio e inclemente, quando as dores, as perdas ou as frustrações foram mais duras. Abraçamo-nos em momentos felizes, de conquistas, de chegadas, de genuína alegria.
Amigos, à frente de estados vizinhos no mesmo período, era inevitável que nossa parceria ficasse mais próxima e que juntos procurássemos caminhos para o desenvolvimento de nossos estados.
Talvez o Brasil fosse outro, e agora vivesse um quadro eleitoral muito diferente, se Deus não o tivesse levado naquele 13 de agosto de 2014. Sinto falta do amigo. E fica aqui registrada a minha saudade do homem público, cuja morte modificou a história recente da política brasileira. E deixou a atividade política mais pobre de homens sérios. Às vezes é mesmo difícil entender os desígnios de Deus…