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Análise: A oposição como testemunha ocular da violência desenfreada na Paraíba

Seria cômico se não fosse trágico. A oposição ao Governo do Estado, em sintonia com o sentimento da população paraibana, elegeu o tema segurança pública como a principal pauta de discussão nos debates entre os candidatos ao Governo do Estado. Até então, o assunto era debatido de forma empírica, baseado nas impressões do que é veiculado nos meios de comunicação. Agora, os críticos da política de segurança do Estado foram as vítimas da violência que tanto combatem.

Em uma semana, alguns agentes políticos ligados ao grupo de oposição, foram alvos da criminalidade. No inícios da semana, dois secretários da prefeitura de João Pessoa foram assaltados, durante evento do candidato Lucélio Cartaxo (PV), em Cruz das Armas. Os criminosos roubaram aparelhos celulares. Ontem (30), o vice-prefeito de Campina Grande, Enivaldo Ribeiro teve o carro roubado e a candidata ao Governo do Estado, Rama Dantas (Psol), foi assaltada e espancada pelos bandidos a poucos metros da residência dela.

Como testemunhas oculares da violência descontrolada na Paraíba, o discurso da oposição ganha mais força e o Governo do Estado precisa admitir que a política de Segurança Pública não atende aos anseios da população, apesar dos argumentos estatísticos. Nunca antes na história desse estado, a sociedade e o próprio estado foram tão vilupendiados pelo ação ousada dos bandidos. Inadimíssível aceitar um marginal planejar roubar a arma de um militar, dentro do quartel, assassinando um pai de família em plena atividade laboral. A morte do bombeiro militar personifica a mais absurda forma de desmoralização do Estado.

Entristece mais ainda, constatar a insensilidade das autoridades diante do fato. Nem sequer vieram a público para se solidarizaram com a família, com a opinião pública e as vítimas diárias da guerra urbana. Não se muda a realidade com discurso, números prontos e declarando guerra a jornalista que ousam fazer o contraponto. O governo deve empenhar esforço contra os marginais. A sociedade exige ação. O povo sufocado pelas altas cargas de impostos, nesse estado, quer ver a criminalidade asfixiada. Não se combate a violência sem policiais nas ruas. A convocação dos policias aprovados, em concurso, é mais do que necessidade, é uma exigência. Trocar os chamados “codificados” pelos policias já é um importante passo na mudança dessa realidade.

 

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