A estratégia adotada pelo PSB, escalando socialistas a exemplo de Hervázio Bezerra para disseminar a ideia de que Lucélio Cartaxo (PV) vai desistir da disputa para o Governo do Estado é no mínimo sem fundamento e revela, intrinsicamente, o receio do grupo governista de enfrentar Cartaxo nas eleições.
Primeiro, porque Lucélio ocupa lugar privilegiado em todas as pesquisas internas, bem à frente do candidato do PSB, que já foi lançado há mais de um ano. Além disso, a candidatura de Lucélio reúne o apoio dos dois maiores colégios eleitorais do estado, com gestões extremamente bem avaliadas, ou seja, com grandes perspectivas de crescimento. Sem falar do apoio dos maiores colégios eleitorais da Paraíba, governados por prefeitos da oposição, a exemplo de Santa Rita, Guarabira e Patos.
Quando os socialistas alimentam a torcida pela desistência de Lucélio, a mensagem subliminar revelada, é a nítida preferência em polarizar a disputa com o pré-candidato do MDB, José Maranhão, por vários motivos, entre eles: o sentimento de renovação exigido pela sociedade e o discurso pronto do velho contra o novo.
Descontruir imagem de Lucélio, umbilicalmente, ligada a do irmão, tem se tornado algo cada vez mais difícil para o Jardim Girassol, já que o projeto defendido pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) foi derrotado duas vezes pelo grupo do prefeito da capital. Um adversário competitivo e indigesto.