O governador Ricardo Coutinho (PSB) criticou, duramente, os caminhoneiros pela radicalização do movimento grevista, nesta terça-feira (29), durante reunião com representantes da indústria e comércio para debater solução para a crise de desabasteciemento.
O governador ressaltou que o movimento é legítimo, porém, não pode sobrepor aos interesses da sociedade, principalmente, quando gera prejuízos à população. Ele previu perdas no patamar de 30% na receita dos estados e na renda dos trabalhadores, sobretudo, os que vivem do comércio.
“Esse impacto vai ser sentido daqui a dois meses quando medirmos o ICMS e o Estado terá que pagar suas contas, quando as empresas tiverem que pagar suas contas, quando os trabalhadores, aqueles que vivem em função da comissão que recebem ou da venda, perceberem que não venderam e vão ter que viver com metade da sua renda”, declarou o governador.
Ricardo destacou que o governo está fazendo o possível para manter os serviços essenciais. Ele ressaltou as dificuldades para manter o estoque de sangue no Hemocentro, já que as pessoaa não estão saindo de casa. O governador enfatizou, também, a situação caótica nos presídios.
“Temos estoque crítico de gás e alimentos nos presídios. São 12.700 homens e mulheres em regime fechado e o estado é o responsável. Ninguém pode ficar preso sem alimento. Além de cinco cadeias que dependem de carros-pipas e nós estamos enfrentando dificuldades”, lamentou Ricardo Coutinho.