O secretário do Procon de João Pessoa, Helton Renê, divulgou uma nota à imprensa nesta terça-feira (22), para comentar sobre a alta nos preços dos combustíveis. Segundo Renê, o problema é político e não administrativo.
CARTA À SOCIEDADE CONSUMERISTA
O problema da Petrobras é político e não administrativo. Muito pelo contrário o administrativo está sofrendo os efeitos de uma política de governo que está massacrando a população.
A Petrobras tem adotado uma política de preço que na realidade já pratica há muito tempo, o de acompanhar o mercado externo, a diferença agora é que ela mesmo não aguarda que as variações no mercado externo se estabilizem nos prazos mais longos , que geralmente era mensal e joga a conta quase que diariamente para a sociedade como um todo. Nessa “brincadeira” o combustível já acumula um aumento de mais de 40%. Sofre o comércio varejista, sofre o consumidor final.
Nesse “balaio de gatos” que se encontra essa prática nefasta, a estatal nunca lucrou tanto em cima do sangue do brasileiro, então a solução não poderá ser outra: Povo na rua!
Para piorar a situação, some PIS + COFINS + CIDE + ICMS + TAXA PARA O FUNDO DE POBREZA e teremos um dos combustíveis mais caro do Planeta. Além do aumento de mais de 40% do combustível, o consumidor paraibano ainda paga quase 50% so de carga tributária. Essa é a nossa situação. E por que não se fala nisso? Eis a questão!
Não quero de forma alguma dizer que estou jogando a toalha nessa luta, mas não posso me refutar em dizer do que está ocorrendo, os reais motivos e apontar as possíveis soluções, e que nesse momento não existe solução técnica adminstrativa na ponta onde se Trabalha os Procons e sim uma solução POLÍTICA e JUDICIAL.
No campo judicial, salvo melhor juízo, o MPF tem competência para se trabalhar nessa prática abusiva da Estatal, no campo político, apenas as manifestações dos Deputados e das pessoas podem surtir o efeito social.
E Para os desavisados de plantão, nenhuma campanha para consumir mais álcool resolve a situação até porque mesmo o álcool não tendo sua origem do petróleo, sua compra, distribuição e definição de valores são feitos pela estatal, outras palavras, chover no molhado.
Precisamos que os movimentos que brigavam tanto por justiça há pelo menos 2 anos atrás, quando o combustível era em média R$ 2,75, tenha a mesma sensibilidade de promover panelaços nas ruas, porque não é possível que esses grupos que instigaram a população entenda que a situação do Brasil está melhor.
E para finalizar, há quem diga que não se importa com o aumento do combustível pois não utiliza veículo automotivo. Um ledo engano, pois o aumento dos combustíveis fósseis, aumenta diretamente todo o custo das operações e demais opções energéticas como o gás, o álcool e todo o reflexo que isso traz no comércio em geral, nos supermercados e por fim no bolso dos consumidores.
Continuaremos realizando nossas pesquisas e procurando soluções quando a problemática se estabelece na ponta, ou seja , no comércio. No caso em tela, o buraco é bem mais embaixo!