Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com apoio das Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e do PT da Paraíba realizaram marcha na tarde dessa terça-feira (17), em defesa da Democracia, contra os dois anos do Golpe e pela liberdade de Lula. O ato teve concentração na Avenida Liberdade em Bayeux, a passeata veio até a Praça dos Três Poderes, Centro de João Pessoa, onde foi montado o Acampamento #LulaLivre.
De acordo com os um dos organizadores, o ato faz parte da agenda nacional de resistência as perseguições midiáticas e da justiça para se tirar Lula das Eleições de 2018. “Estamos aqui unindo as forças e fazendo o acampamento #LulaLivre para que ele seja solto e o povo julgue ele nas urnas. Então, se ele vai ser condenando que seja condenado nas urnas, porém se o povo for a favor dele, Lula vai voltar a governar o Brasil e a gente vai sair dessa enrascada”, declarou Marcos Freitas, integrante da Frente Brasil Popular.
Durante a manifestação também foi lembrando os 22 anos de impunidade ao assassinato de 21 sem-terra em 1996, que ficou conhecido como o ‘Massacre de Eldorado dos Carajás’. “A outra pauta, além da reivindicação à liberdade do presidente Lula, é que hoje, 17 de abril, completa também 22 anos do massacre no Pará, onde mais de 20 companheiros foram mortos”, acrescentou Marcos.
Segundo a dirigente do MST Paraíba, Eva Wilma, os integrantes do Movimento estão se organizando em todo o país, seguindo calendário que começou a ser organizado após a prisão política do presidente Lula. “Essa marcha faz parte da jornada de luta do ‘Abril Vermelho’ do MST, que se iniciou desde o dia nove de abril com várias ocupações em todo o país e aqui na Paraíba com a ocupação do golpista senador José Maranhão, que ainda estamos resistindo lá. Nós do Movimento Sem Terra, agricultoras e agricultores, viemos do Sertão ao Litoral ocupar a Praça dos Três Poderes. A gente só vai sair quando Lula estiver livre”.
O Presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, também ressaltou a o apoio do partido aos integrantes do MST. “Hoje recebemos aqui mais de 400 famílias, trabalhadores e trabalhadoras que ocuparam a praça e vão ficar aqui durante o período que o presidente for ficar preso, lá em Curitiba. Então, é um momento de solidariedade, de muito protesto, muita luta e de resistência desses guerreiros e guerreiras do povo, que estão aqui. Contando com nosso apoio, do PT, e das Frentes Brasil Popular e Sem Medo, que irão continuar permanentemente na luta em defesa da democracia e para que o presidente seja solto e possa disputar as eleições de forma tranquila”.