O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) fez duras críticas à corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por causa da morosidade no julgamento ação do Empreender. Cássio lembrou que foi cassado, injustamente, segundo ele, em seis meses de governo, numa sessão que durou 40 minutos, sem o aprofundamento do debate.
“Foi o Ministério Público Eleitoral quem pediu a cassação do governador e simplesmente o TER não julga. Eu, numa decisão injusta e equivocada, fui julgado em seis meses, numa sessão que durou 40 minutos de sessão, sem nenhum debate profundo, sem nenhum pedido de vista. Eu estava cassado no TER seis meses após o processo ter sido iniciado. Já vamos com três anos e simplesmente o TER não julga”, afirmou.
Cássio ressaltou que a demora da corte eleitoral no julgamento gera o sentimento de impunidade no governador, que de acordo com o tucano, usa a máquina pública para alavancar a pré-candidatura de seu candidato ao Governo do Estado. Ele se refere a um evento na sexta-feira (15), no qual o governador disse que João Azevedo iria substituí -lo no Palácio da Redenção.
“Como não julga, estimula esse tipo de ato. Aí se acredita em impunidade, em conivência da justiça eleitoral e o governador usa a máquina pública de todas as maneiras para alavancar a candidatura oficial, de forma escancarada. Acho que o Ministério Público deve agir. O TRE tinha que agir. O governador do faz isso pela crença da impunidade. Isso gera desigualdade na disputa, assim como o Empreender desequilibrou a eleição em 2014. Como senador é citado estou chamando a atenção do TRE e do MPE para que coíbam essa prática. Estou apelando para o TRE julgar o caso. É injusto julgar um processo seja julgado seis meses e o outro no tem nem sinal de julgamento, três anos depois. O TRE se recusa a julgar a principal ação de crime eleitoral em 2014”, pontuou.