O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD) elevou o tom do discurso após reunião do governador Ricardo Coutinho (PSB) com o grupo Ferreira Costa e representantes do Ministério Público, no Palácio da Redenção. Cartaxo ressaltou que não foi para reunião porque não viu seriedade no governador para solucionar o problema, apenas queria montar palanque político.
“Eu não fui para a reunião porque não vi seriedade na proposta para discutir o problema.Ele mesmo disse que não pode resolver nada. A intenção foi armar o circo político para um debate, agora qual o resultado prático desse encontro? Qual o incentivo fiscal que o governador deu para a empresa? o governador precisa entender que a política do mandão, do sabe tudo, passou. Aqui tem um gestor responsável, e o desejo dele de mandar na prefeitura ele não conseguiu. Em 2012, ele colocou um candidata secretária para mandar na prefeitura, e em 2016 também, e não teve sucesso. João Pessoa tem prefeito”, ressaltou.
Cartaxo cobrou ainda do gestor estadual atenção aos problemas do estado, a exemplo da segurança pública. “Ele mesmo disse que não pode resolver nada, eu no lugar dele estava reunido com o comando da Polícia, para resolver o problema de segurança pública, hoje foram dois arrombamentos a caixas na Paraíba. João Pessoa tem prefeito, que defende a cidade e interesse público”, continuou.
Cartaxo justificou o embargo à obra, alegando que falta documento referente a uns dos terrenos comprados pelo Grupo Ferreira Costa, que seria uma autorização do Comando da Aeronáutica (Comaer) para a realização da obra em um dos terrenos. Ele enfatizou que assim que o documento for apresentado, a autorização será dada pela Prefeitura de João Pessoal.
“A empresa Ferreira Costa escolheu se instalar em João Pessoa pelo grau de competitividade, economia forte, apesar de crise e adversidade, onde se respeita a legislação, tem regras e dá garantias à empresa. O que ocorreu foi que a empresa resolveu comprar 3 terrenos, 2 em João Pessoa. Ela veio, nos procurou e disse que queria se instalar aqui. Qual o gestor nessa crise, de dizer que no quer 500 empregos? Mas tem que respeitar a legislação, tem que ter regras, leis”, pontuou.