A festa do governador Ricardo Coutinho (PSB), no sábado (18), em comemoração ao seu aniversário de 57 anos, traz alguma avaliações do quadro eleitoral, no momento, para 2018. Avesso à comemorações e tido até como anti-social, esta é a primeiro vez que o governador organiza uma festa para os aliados em comemoração ao seu natalício. A atitude já aponta para 2018. Precisando arregimentar a tropa em apoio ao candidato à sua sucessão, Ricardo entende que mais do que nunca precisa dá gestos à classe politica, tão combatida durante a trajetória do socialista.
O que chamou a atenção no evento foi a ausência de grande lideranças políticas do estado. É notório que, hoje, elas fazem parte do bloco da oposição, no entanto, a ausência de Raimundo Lira (PMDB), André Amaral (PMDB), Hugo Mota (PMDB) e Nabor Wanderley (PMDB), sinaliza claramente, que o PMDB está trilhando por um caminho que não é o projeto do PSB. O distanciamento entre Lira e Ricardo já vem dando sinais de evidências. Apesar de já ter aparecido, publicamente, em evento com o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), o senador trabalha para consolidação da candidatura de José Maranhão. Nos bastidores, se comenta que o peemedebista estaria chateado com um comentário feito pelo governador ao seu respeito junto a um grupo de empresários.
A ausência de metade da bancada governista na festa do governador, é outro sinal de que o projeto do PSB para 2018 precisa de robustez para enfrentar a Frente das Oposições. Dos 25 deputados aliados, apenas 13 cantaram parabéns para o governador. Destaca-se a ausência de Ricardo Barbosa (PSB), que pode ter faltado em solidariedade a Raimundo Lira, de quem é um forte aliado. Em contato com o Blog do Anderson Soares, alguns deputados governistas, que pediram para não revelar os nomes, revelaram preocupação com a ausência de muitos deputados da base aliada e de lideranças de peso no evento. “A falta de nomes de peso no evento foi sentida e preocupa a base do governo”, disse um deputado ao Blog.
A ausência de prefeitos nas comemorações também é um tema para avaliação. Não se sabe se por falta de convite ou opção das lideranças. Não foi visto, também, vereadores na confraternização. Líderes de partidos aliados também não foram convidados, o que tem gerado, nos bastidores, insatisfação com o tratamento dado pelo comandante do grupo. O presidente de um importante partido expressou a falta de cortesia do governador, que sequer, o convidou para o evento. Entetanto, a presença de Lígia e Damião Feliciano (PDT) pode ser considerada um fato político importante, já que nos últimos dias, comentava-se um possível distanciamento ou racha da família com o socialista, tese afastada com o entrosamento verificado na festa entre os Felicianos e o grupo do governador. Um saldo pouco a comemorar diante dos grandes desafios.