Nesta quinta-feira (03), o deputado federal Wilson Filho (PTB) enviou uma nota à imprensa explicando quais motivos o impediram de participar da sessão onde os parlamentares avaliaram se aceitariam as denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB). No texto, ele revela que rejeitaria o afastamento do peemedebista, como foi recomendado pelo seu partido. Em âmbito estadual, Wilson é aliado do governador Ricardo Coutinho (PSB), defensor da saída de Temer e a realização de novas eleições em 2018.
Problemas na conexão do voo dos Estados Unidos ao Brasil impediram que o deputado federal Wilson Filho (PTB) chegasse a tempo para votação da última quarta-feira (2), na Câmara dos Deputados. O deputado chegaria na manhã do dia 2 para participar da votação, porém a sessão, que se iniciaria à tarde, teve sua antecipação para às 9 horas, somado ao considerável atraso na conexão por um período de 7 horas, acabaram por comprometer a sua volta a tempo. Sua chegada se deu ainda na quarta, às 23h30.
Wilson Filho lamentou não ter participado da sessão que avaliou a admissibilidade de denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), encaminhada pelo procurador-geral da República a Casa (SIP 1/17). A Câmara dos Deputados negou a autorização para o chefe do Executivo do País ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
O parlamentar disse que, caso estivesse no Brasil, seguiria a orientação partidária e rejeitaria o afastamento do presidente, votando a favor do relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que pediu a rejeição da denúncia. “Não há provas suficientes, juridicamente falando, que embase a abertura de investigação. Apesar da mídia noticiar muitos acontecimentos, eu li toda a denúncia e as provas não foram colocadas no documento. Mesmo a significativa impopularidade do Presidente não pode servir como prova jurídica para seu afastamento. Ele será investigado e julgado pelos seus supostos erros após o fim do mandato, não havendo impunidade caso ocorra culpa e danos comprovados”, comentou.
Para Wilson Filho, o País vem conseguindo superar gradativamente a crise financeira, a partir das medidas adotadas pelo governo. Na opinião do deputado, o afastamento do presidente nesse momento afetaria diretamente a economia brasileira, causando instabilidade e provocando uma maior distensão social e política. “O povo não gosta do Presidente Temer porque a economia ainda não voltou a ter pujança. A população quer empregos, oportunidades, a solução dos seus problemas, a funcionalidade do governo e que as suas vidas melhorem. Precisamos dar resposta a isso imediatamente”, finalizou.