O governador Ricardo Coutinho (PSB) lançou um desafio para os seus adversários políticos, notadamente, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD). O gestor pessoense é virtual candidato das oposições ao governo do Estado e tem feito críticas à terceirização da Educação. Durante solenidade para o anúncio de 150 vagas de concurso, nesta segunda-feira (24), o prefeito voltou a criticar o governador.”Enquanto a prefeitura faz concurso, o estado terceiriza”, disse. Ao ser abordado sobre o assunto, Coutinho prometeu mostrar resultado da terceirização em semanas. E foi além, ressaltou que se não conseguir, topa deixar o governo.
“Farei uma aposta a deputado, farei uma aposta com o prefeito de João Pessoa (Luciano Cartaxo). Faria com qualquer autoridade que tivesse mandato. Se não for isso o que eu estou dizendo, eu perderia o mandato. Agora, se for isso, eles assumam o compromisso de sair do mandato e fazer um bem ao povo para deixar de trabalhar com mentiras e fazer um bem à sociedade”, ironizou Ricardo Coutinho. A provocação foi feita após ele discorrer sobre o rosário de críticas que vem recebendo por causa da proposta de terceirização na Educação. O gestor alega que a medida trará benefícios para os prestadores de serviço, ao contrário do que ocorre hoje, porque eles passarão a ter direitos trabalhistas.
Críticas
As críticas do governador foram direcionadas principalmente a Luciano Cartaxo. O prefeito tem feito declarações contrárias à terceirização. Para ele, o modelo de contratação demonstra a falência da capacidade administrativa da prefeitura. “O prefeito Cartaxo tem uma dificuldade muito grande de compreensão das coisas. Ou pior ainda, se compreende, ele está simplesmente manipulando a verdade. É por que ele não sabe o que é terceirização. Aliás, ele sabe de muito pouca coisa. Basta olhar para a cidade de João Pessoa que você compreende isso. O que estou fazendo é retirando os trabalhadores de situação precarizada e dando a eles exatamente a regularização”, disse.
Ricardo Coutinho explicou que a terceirização não vai alterar a situação dos professores e da direção das escolas. Por outro lado, apresenta dados preocupantes sobre a capacidade técnica dos professores que prestam serviço à educação, atualmente. Segundo ele, se for realizado concurso, entre 90% e 95% dos profissionais não serão aprovados e terão que deixar o serviço público. Ele justifica que a reprovação ocorreria por conta da alta competitividade nas seleções. Para rebater as críticas, o governador falou ainda da reforma de 55 escolas e assegurou que a terceirização fará com que os serviços de reparo nas instituições de saúde sejam mais rápidos.
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