O governador Ricardo Coutinho (PSB) ainda aguarda um posicionamento da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) sobre a conversa que teve com a pedetista, há quinze dias. No diálogo, segundo uma fonte muito próxima do governador, Ricardo teria oferecido a Lígia uma vaga no Tribunal de Contas do Estado.
Na verdade, Ricardo quer que Lígia abra caminho para ele comandar o processo eleitoral, conforme já revelou em entrevista na segunda-feira (3). O problema é que o governador se deparou com um estrondoso silêncio da vice-governadora, que ouviu a proposta muda e saiu calada da reunião com o socialista.
Caso não aceite a proposta, segundo a fonte, o governador, de fato, não sairá candidato ao Senado Federal. “O futuro de Ricardo Coutinho está nas mãos de Lígia Feliciano”, reverberou o interlocutor do Blog. Em entrevista, Coutinho sinalizou que diante do impasse de Lígia, não tem outra alternativa senão concluir o mandato, mas ainda tem a esperança de convencer a vice.
A estratégia de Ricardo com a renúncia de Lígia é abrir caminho para eleição indireta. O presidente da Assembleia Legislativa, Gervásio Maia (PSB), em 30 dias convocaria eleição. O indicado do governador seria João Azevedo. Eleito, concorreria à reeleição com a caneta na mão. Tese perfeita se não tivesse a família Feliciano no caminho.