Uma greve geral dos auditores fiscais da Prefeitura Municipal de João Pessoa não está descartada. Na próxima terça-feira, 6, a categoria irá realizar uma assembleia geral para debater o assunto. O motivo da possível greve é a falta de acordo com o prefeito Luciano Cartaxo a respeito das reivindicações dos fiscais municipais.
O Sindicato dos Auditores da Secretaria da Receita Municipal de João Pessoa (SINDFIM), agendou, há mais de uma semana, uma reunião com os secretários de Articulação Política, Zenedy Bezerra e com o Secretário Chefe de Gabinete do prefeito, Idelvânio Macedo, para às 15 horas de ontem, quinta-feira, 31, no gabinete do prefeito Luciano Cartaxo, no bairro de Água Fria, porém eles não compareceram e sequer justificaram a ausência, deixando todos à espera.
Para a auditora Cláudia Motta, membro da comissão de negociação do sindicato, foi um desrespeito e um descaso para com a categoria que sempre desenvolveu esforços em prol da arrecadação de tributos.
O presidente do Sindicato dos Auditores da Secretaria da Receita Municipal de João Pessoa, Bráulio Nóbrega, não vê vontade política da administração em atender a categoria, pois já tentou várias vezes marcar audiência com o prefeito da Capital e nunca consegue agendar.
“Nem o Prêmio de Produtividade, PAP, que a prefeitura deve a uma boa parte da categoria o secretário de administração se dispõe a pagar, desapontando e descontentando os diretores de serem contemplados. Mesmo sabendo ele que existe um decreto em pleno vigor, assinado pelo próprio prefeito Luciano Cartaxo, autorizando o pagamento”, disse o sindicalista disparando: “O fisco de João Pessoa é o segundo pior salário pago no brasil”.
Em virtude da falta de diálogo, a categoria decidiu se reunir em Assembleia Geral Extraordinária na próxima terça-feira, 6, às 10 horas, na sede do sindicato, na Rua da Areia, Varadouro, para decidir os novos rumos a serem tomados com relação a pauta de reivindicações, já protocolada no gabinete do prefeito, e uma greve geral não está descartada.
“Na assembleia anterior, há 15 dias, a categoria descartou um movimento paredista em virtude da crise institucional que vive o país, para não criar uma conotação política, mas na assembleia da próxima semana nada está descartado”, alertou por fim o presidente.