A Clínica de Nefrologia da Paraíba (Clinepa) e o Hospital Memorial São Francisco firmaram uma parceria visando à retomada de transplantes de rins em João Pessoa. A expectativa é que a reativação do hospital como centro transplantador ocorra no primeiro semestre deste ano.
Dados da Central de Transplantes da Paraíba apontam que, atualmente, 325 pessoas estão à espera de um transplante renal no Estado. Os últimos dois transplantes de rins feitos na Paraíba ocorreram no dia 9 de janeiro, em Campina Grande, quando foram aproveitados os dois rins do doador, atendendo a dois receptores.
Segundo a médica nefrologista Josilvete Vieira, que é sócio-proprietária e administradora da Clinepa, no último final de semana, o hospital recebeu a visita de representantes da Câmara Técnica Nacional de Transplante de Rim, em João Pessoa, visando à reativação do Memorial São Francisco como centro transplantador.
“Como é de praxe, a solicitação foi protocolada na Central de Transplantes da Paraíba, que é um órgão vinculado à Secretaria de Saúde do Estado, e o pedido foi encaminhado ao Ministério da Saúde, via Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O processo agora deve ser rápido, por ser o Memorial um hospital que já realizava transplante renal e porque se trata apenas de uma reativação de um centro transplantador”, explicou Josilvete Vieira. O SNT é a instância responsável pelo controle e pelo monitoramento dos transplantes de órgãos, de tecidos e de partes do corpo humano realizados no Brasil.
Para a realização dos transplantes de rins em João Pessoa, a equipe cirúrgica será a do Hospital Memorial São Francisco, que é coordenada pelo médico Delfin Soares. Já a equipe clínica será composta por nefrologistas da Clinepa. “O doutor Soares é um pioneiro em transplante renal. Realizou o primeiro transplante renal na Paraíba em 1986”, ressaltou a médica Josilvete Vieira.
A administradora da Clinepa acrescentou que ainda não há previsão de quantos transplantes devem ser realizados em parceria pelas duas instituições, visto que depende do cronograma do hospital e da agenda dos pacientes, considerando-se principalmente as condições de saúde dos envolvidos.
“Ao longo do tempo, identificamos que há uma demanda grande por esse tipo de procedimento. Há necessidade e cobrança dos pacientes que sofrem com problemas renais e precisam de um transplante. É nosso desejo estar com o centro transplantador reativado nos primeiros meses deste ano e estamos trabalhando muito para isso”, explicou Josilvete Vieira. Quando o Ministério da Saúde autorizar a reativação do centro, os transplantes serão realizados via atendimento particular e também pelo Sistema Único de Saúde (SUS).