Em mais uma manobra da Câmara Municipal de Bayeux, os vereadores da cidade prorrogaram, na noite dessa terça-feira (20), o mandato do atual superintendente do Instituto de Previdência e Assistência do Município (IPAM), Gilson Luiz da Silva, aliado do prefeito Expedito Pereira (PSB) por mais quatro anos.
Para beneficiar o aliado, Expedito modificou o processo de escolha do superintendente do órgão. A nomeação do cargo era prerrogativa do prefeito, mas o socialista alterou as regras e decidiu que a escolha seria através de eleição de Conselho de Administração do Instituto. Conselheiros do IPAM ingressaram com uma ação na justiça, alegando fraude na eleição do órgão.
O juiz da 4ª Vara Mista de Bayeux, Francisco Antunes Batista, concedeu liminar, mês passado, suspendendo a eleição. O magistrado alegou que a escolha foi processada de forma fraudulenta. De acordo com a sentença, o atual superintendente Gilson Luiz da Silva, de forma criminosa, solicitou que assinassem a lista de presença, dizendo tratar-se da ata da última Assembleia Ordinária.
Em contato com o blog do Anderson Soares, nesta quarta-feira (21), o prefeito eleito de Bayeux, Berg Lima (Podemos), disse que a manobra de Expedito e dos vereadores é uma tentativa de inviabilizar a futura gestão . Ele adiantou que deve realizar uma auditoria no IPAM para identificar possíveis abusos no órgão.
“A Câmara aprovou um grande equívoco. Contrariando, inclusive, o parecer contrário do Ministério Público e Conselho do IPAM, que foi alvo de fraude em ata. A manobra encaminhada pelo atual prefeito é uma tentativa explícita de inviabilizar a nova gestão. Já estamos estudando a realização de uma auditoria na Previdência do Município para diagnosticar os absurdos que contribuíram para o desgaste do órgão.