Nesta semana, o Professor Charliton, presidente estadual do Partido dos Trabalhadores da Paraíba, destacou que a população precisa ficar atenta sobre o que é apresentado pelo Governo Federal e pela grande mídia quando o assunto é a PEC 241, que se transformou em PEC 55 no Senado Federal.
“A proposta que o presidente ilegítimo Michel Temer quer aprovar é de uma gravidade enorme. Uma geração que está nascendo agora sofrerá nos próximos vinte anos caso ela seja aprovada, pois através desta PEC o salário mínimo deixará de ter um reajuste real e os investimentos para a educação e para a saúde serão reduzidos. Os trabalhadores e as trabalhadoras estão conscientes que isso irá durar vinte anos? A nossa população cresce diariamente, mas os gastos com saúde pública e educação ficarão praticamente congelados. Quem serão os mais prejudicados?”, questionou.
Sobre a necessidade de ajustes para resgatar a economia brasileira, o Professor Charliton colocou que concorda que medidas tenham que ser tomadas, mas discorda quem o Governo Temer escolheu para pagar esta conta: “Uma coisa é você aprovar uma medida que terá a vigência de duas décadas, outra coisa é você tomar decisões que resultem em cortes pontuais. Muitos ainda não têm consciência que com essa PEC não teremos mais a construção de novos Institutos Federais de Educação, um prejuízo no surgimento de novas vagas para a graduação nas universidades públicas, e com isso o sucateamento de todo o ensino público superior”.
Para o presidente estadual do PT da Paraíba, “os movimentos sociais, sindicais e partidos de esquerda precisam fazer um redirecionamento das suas lutas históricas”: “Estamos vivendo um golpe tão grande que ele pode, inclusive, se consolidar através de eleição indireta para a escolha do novo presidente através da cassação do mandato de Michel Temer. Precisamos reacender a expectativa desses 35% da população que foi até as urnas para não votar em ninguém”.
“Existe uma forte criminalização da política e dos movimentos sociais e sindicais, e precisamos entender essa desesperança do povo. E não vejo outro caminho para isso que não seja a mobilização popular, a luta política na sociedade, não se calar ou aceitar medidas que tiram os direitos dos mais pobres e preservam os mais ricos. Por qual motivo precisa tirar do trabalhador? Por qual motivo precisa tirar de quem usa o SUS? Por qual motivo precisa tirar de quem precisa de uma educação pública?”, finalizou o Professor Charliton.