Me impressiona como na Paraíba tudo se resume ao rame-rame, a picuinha e a disputa política. É a cultura da intriga que não permite o Estado avançar.
A falta de interesse em lutar projetos que não levam a marca de sua gestão é latente. Isso fica evidente na polêmica discussão da recuperação da Falésia do Cabo Branco.
Segundo o prefeito de João Pessoa, o trabalho de recuperação não foi feito por falta da aprovação do projeto na Sudema, órgão ligado ao Governo do Estado.
Há 14 meses, a Prefeitura apresentou um plano para impedir o mar avançar na direção da barreira, mas o órgão ambiental não havia dado uma resposta à gestão municipal por questões políticas.
A Sudema por outro lado, nega a acusação e diz que o projeto apresentado pela Prefeitura está incompleto. Falta reflorestamento da barreira e o projeto de drenagem do local. Sem esses pontos básicos não há como liberar a execução da obra.
A Secretaria de Planejamento diz que esses itens são executados durante o processo. O assunto foi tema de reportagem do Jornal Nacional desta segunda-feira (20), que lamentou que o ponto mais Oriental das Américas esteja deteriorando sem nenhuma ação dos gestores públicos.
Causa indignação como tudo nesse estado vira briga política. A declaração do prefeito foi suficiente para gerar o rame-rame de sempre, o disse me disse, mas incapaz de uma atitude de hombridade de ambas as partes para solucionar o problema.
Se preocupam mais em mostrar quem estava com a verdade, do que com o mérito do problema. Na Paraíba, tudo se resume ao voto, à eleição e o projeto de poder. Isso explica nosso atraso.
Será exigir demais que Prefeitura e Estado sentem para resolver o impasse? os dois representantes se uniram, há dois anos, pedidindo o seu voto, argumentando que a aliança seria boa para João Pessoa.
A Prefeitura garante que a primeira etapa custa R$ 12 milhões e já tem recursos em caixa. Chega de conotação política. bastam os dois técnicos sentarem para superar os impasses técnicos. A população merece respeito e a barreira precisa ser salva.