Enquanto uns lutam pela manutenção do status quo, outros se esforçam para combater a corrupção e recuperar os desmandos e sequelas delas.
Enquanto uns são movidos pela paixão ensadecida e ódio irracional pela perda legítima do poder, outros alimentam a utopia de um país blindado dos sanguessugas do erário público.
Como conceber um protesto – que extrapola o ódio e ganha contornos de fobia – de um grupo de “marionetes” do PT contra um cidadão que a único interresse é colocar corrupto na cadeia e recuperar o dinheiro roubado da nação.
Enquanto Sérgio Moro estava discursando sobre mecanismo de cooperação internacional de combate a paraísos fiscais e retorno do dinheiro da corrupção aos cofres do país, jovens petistas estavam acusando-o de golpista.
Não estou questionado a legitimidade do protesto. Vivemos num Estado Democrático e de Direito. Faz parte da democracia. Apenas lamentar a miopia política e a falta de espírito patriótico.
Já está mais do que comprovado, inclusive, através de escutas recentes, que a Operação Lava Jato é suprapartidária e republicana. A confabulação para impedí-la passa longe da conveniência do juiz Sérgio Moro.
Prova maior, é o pavor que os políticos, inclusive Lula, revelam em de cair nas “garras” do magistrado. Seriedade, serenidade e equilíbrio são traços do comportamento do jurista.
Conduta ética que deveria ser regra, não exceção. Mas diante de uma crise moral e degradante, sem precedentes, ainda bem que existe um Moro no Poder Judiciário.
Querendo ou não, as investigações vão continuar. A Lava Jato vai avançar e o Brasil será conhecido na história entre o antes e depois da Operação.