O PSB conseguiu dar fôlego à militância com o lançamento da pré-candidatura de Cida Ramos à Prefeitura de João Pessoa. Em dois dias, a socialista empolgou mais do que os seis meses de pré-candidatura de João Azevedo.
Forjada na luta sindical, Cida é boa de briga. Na coletiva à imprensa nesta segunda-feira (3), mostrou desenvoltura e inflamou a militância com um discurso aguerrido e de enfrentamentento ao seu principal adversário, Luciano Cartaxo.
Destacaria três pontos da coletiva que chamaram a atenção. O primeiro foi a desvinculação da imagem de Ricardo Coutinho (PSB). Disse que tem história própria, personalidade e revelou total independência para administrar João Pessoa. Refuta as críticas dos adversários de que o governador quer fazer da Prefeitura uma extensão do Palácio da Redenção.
Outro ponto positivo foi o anúncio da criação do Coselho Político e de Notáveis para criação de estratégias eleitorais e junto com estudiosos da Universidade, engenheiros e arquitetos, a criação de um plano de desenvolvimento para cidade. Chama para dentro da campanha, a classe política e os intelectuais. Coisa que Ricardo soube fazer perfeitamente.
E por fim, revelou articulação política ao afirmar que já tem 12 partidos no arco de alianças e anunciou a perpesctiva de anunciar mais três partidos. O PPS de Nonato Bandeira e dois partidos que são da base do Prefeito, PTN e PCdoB. O último, ex-aliado do Governo Estadual, recentemente, anunciou apoio à reeleição de Cartaxo.
Cida tenta correr atrás do tempo perdido com o erro do PSB em lançar João Azevedo candidato. Se fosse preparada desde o ano passado, talvez a situação fosse outra. O problema agora, é saber se os girassóis terão tempo suficiente para massificar o nome de uma ilustre desconhecida dos pessoenses e convencê-los de que é preciso mudar. O tempo é o maior inimigo do PSB.