O juiz federal Sérigo Moro, defendeu na manhã deste sábado (28), em João Pessoa, a cooperação entre os países para recuperação de dinheiro desviado da corrupção.
No caso específico da Operação Lava Jato, Moro revelou que o dinheiro da corrupção “dava muitas voltas” até chegar ao destino final, que eram os agentes da Petrobras.
“Países como Uruguai, Panamá, Ilhas Virgens, Mônaco, Belize, Andorra, Suíça, detém parte das provas, por isso se não existir a cooperação no sentido de liberar as informações, fica impossível obter as provas desse longo caminho percorrido pelo dinheiro da corrupção”, pontou.
Durante sua fala, o magistrado resaltou que a cooperação internacional é imprescindível no combate à corrupção e que em linhas gerais, há uma certa colaboração, mas ainda existem muitas barreiras.
“No geral, os países têm cooperado, mas em alguns casos as investigações esbarra em barreiras formais ou procedimentais. Por vezes, alguns países só liberam as informações depois da investigação ser concluída”, concluiu.