Vivemos uma safra medíocre de políticos oposicionistas no Brasil. O Brasil e a Paraíba são campos férteis para a essa ala, mas a falta de credibilidade os afasta da opinião pública. Por mais que existam fatos vastos para acusação, o discrurso da oposição não ecoa por falta de confiança do povo.
Adjetivos que sobravam em duas grandes lideranças oposicionistas que fizeram história na Paraíba e no Brasil, Ricardo Coutinho e Lula. Dialogava comigo mesmo sobre as mensagens do governador da PB e da presidente Dilma levadas ao Poder Legislativo. Como reagiriam Lula, o PT e Ricardo Coutinho se estivesse na oposição?
Nem Ricardo, muito menos Lula se convenceriam com o argumento da crise para justificar atos que sacrificam a população. O que diria o sindicalista Lula diante de um governo corrupto por natureza, que corta direitos dos trabalhadores, gasta bilhões com construção de estádios, ginásios, piscinas para eventos esportivos e aumenta impostos? por muito menos, infernizou a vida de FHC.
E o deputado Ricardo Coutinho, o que seria capaz de fazer para protestar contra o aumento de 22% da água, IPVA, ICMS, renegociação de dívidas com fornecedores e o não cumprimento da data-base criada pelo próprio gestor?
Falta à oposição identidade com o povo. Em nível nacional, a liderança é de Aécio Neves. Burguês, elitista, cuja história se confunde com o próprio poder.
No cenário local, o líder da oposição, Cássio Cunha Lima, tem uma vida pregressa que não permite a legitimidade popular.
Por isso, tanto o PT quando RC falam o que querem e quando querem, tomam as decisões ou atos que julguem importantes e pouco poder de reação causa na opinião pública.
O Brasil e a Paraíba clamam por uma terceira via com poder de articulação, coerência, inteligência, atitude e respaldo popular para confrontar o discurso e os atos de quem já foi estilingue e agora é vidraça.
Nunca imaginei que a Paraíba e o Brasil, palco das lutas sociais, adotariam uma postura tão inerte e passiva diante daqueles que historicamente estiveram ao lado e se promoveram através da classe trabalhadora e, paradoxalmente, imprimem atos e ações que depoem contra a própria história deles. Ai que falta faz o deputado Ricardo Coutinho e o sindicalista Luis Inácio Lula da Silva!