Preocupado a folia, o povo nem se deu conta com o assalto à mão armada institucionalizado. Em Campina Grande, aumento de R$ 0,20. Já em JP, R$ 0,30.Fora o reajsute das passagens de ônibus intermunicipais e a balsa.
Enebriados com os festejos da momo, o campinense e pessoense só vão dar conta que vão desembolsar R$ 6,00 e R$ 9,00 a mais, respectivamente, na cartela com trinta passagens, na quarta-feira de cinzas. Aí, o auge da indignação já tem passado.
Não serei irresponsável em criticar, sem nenhum critério, a necessidade de reajuste. Até porque o setor de transporte é o mais afetado pela crise econômica por causa da alta do combustível, sobretudo o óleo diesel.
O que não dar para engolir é o tamanho do impacto no bolso do usuário. Em um cenário de retração da economia, não dar para conceder um reajuste de trinta centavos. É o terceiro aumento em apenas um ano, tanto em JP quanto em CG.
Bom seria que o salário do trabalhador fosse reajustado também três vezes ao ano. Aí sim, não teria tanto abalo no bolso da população. O pior é que o salário-minimo na maioria das vezes nem sequer cobre a inflação do ano.
Se for levar em consideração o aumento de impostos básicos na alimentação, água, energia, IPTU e passagem, o reajuste de R$ 102 concedido ao mínimo, é engolido pela carga tributária.
Após a ilusão dos festejos da carne, o paraibano vai sentir na pele entrar no bloco da folia dos coletivos. Tarifa mais cara, ônibus atrasados e lotados. E ainda o congestionemto na Lagoa. Esse é duro de festejar.