O Palácio do Planalto cogita indicar o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) para a liderança do governo no Senado, posto vago desde a prisão, no final do ano passado, de Delcídio do Amaral.
Lira é suplente do ex-senador e agora ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo. Na campanha de 2010, ele contribuiu com R$ 870 mil dos mais de R$ 3 milhões arrecadados por Vital.
Dilma Rousseff e seus ministros responsáveis pela articulação política, Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), querem evitar que se repita a situação vivida no início do segundo mandato da petista. Na ocasião, a presidente só nomeou seu líder do governo no Senado no final de abril.
O governo quer que o cargo fique com um senador do PMDB, partido que, no Senado, tem sustentado a administração da petista. O problema é que, justamente pela fragilidade vivida por Dilma, os senadores de maior projeção na bancada resistem a assumir a função.
Um exemplo é o senador Blairo Maggi. Após anunciar seu ingresso no PMDB, ele foi sondado no ano passado por emissários do Planalto, mas recusou a possibilidade.