Creio que tenha sido a semana mais difícil da vida política do governador Ricardo Coutinho. Acostumado a nagevar em maré mansa, em menos de sete dias, o governo sofreu com”ventos fortes” que sopraram na direção do Palácio da Redenção. Alguns acontecimentos e atos provocaram um “ciclone” na gestão socialista.
O Governo foi o epicentro das más notícias durante toda semana. A morte do Sr João Batista, que precisava da liberação de uma verba do Estado para fazer uma angioplastia, o Ato Governamental que propõe a redução de 15% nos contratos – o que gerou descontentamento dos fornecedores – e por fim, o pedido de fechamento do Porto do Cabedelo, por parte da Receita Federal.
O pior é que a “metereologia política” prevê ventos mais fortes, podendo até se transformar em tornado. É que já está prevista uma paralisação de advertência dos servidores do Fisco para próxima semana. Além disso, os deputados de oposição prometem fazer tempestade até com um copo d’agua.
Dinaldo Wanderley Filho (PSDB) já solicitou balancete para saber a real situação da contas do Estado. Os adversários alegam que RC quebrou o Estado e quer passar a fatura da conta para o paraibano, através de aumento dos impostos. É sinal de maus tempos para a gestão.
Ontem (21), o governador reuniu secretários de primeiro escalão para debater arrocho nas contas. Segundo informações, muitos saíram desolados com o cenário. Com quedas consideráveis nas receitas, o governo “tá com a mão na cabeça” para tentar encontrar saída para abissal depressão financeira que assola a Paraíba. Caso contrário, o “furacão A5” pode arrastar o jardim girassol para bem mais longe do que se possa imaginar .