O deputado Luiz Couto rejeitou o desafio de ser o porta-voz do PT na defesa do “legado” do partido. Os apelos foram feitos por lideranças petistas durante toda manhã desta segunda-feira (19), mas ouviram um decepcionante “não” do deputado.
Maior estrela do partido na Paraíba, a legenda via nele a voz eloquente e com credibilidade necessária para tirar o PT da “lama” da corrupção que está atolado. Porém, Couto se negou a defender o indefensável, por mais devoção que tenha à legenda.
Inteligente que é, o deputado sabe que não tem discurso convincente para aplacar a revolta da sociedade brasileira e pessoense diante da postura imoral, indecente e fraudulenta da quadrilha petista que domina o Brasil, coincidentemente ou não, há 13 anos.
Com o argumento de que não poderia ir para disputa para não desfalcar a defesa do projeto do PT na Câmara dos Deputados, o parlamentar não convence nem a ele mesmo com tamanha desfaçatez.
É a própria Direção Nacional do PT que está apelando por candidaturas na capitais para defender a legenda dos ataques ferozes dos adversários, motivados pelos escândalos da Petrobras. Além disso, o padre se licenciaria por pouco tempo, já que a duração da campanha este ano é de dois meses.
Para Anísio Maia, a atitude foi de covardia. Tanto é que saiu da reunião cobrando ao presidente do PT, critérios para filiação de novos militantes. Disse que está irritado com a falta de compromisso dos petistas.
O Anísio que pede compromisso dos colegas é o mesmo que não quer o compromisso de assumir a candidatura do partido. Tá difícil para o PT, porque as investigações da Lava Jato só tendem a se aprofundar nos próximos três anos, segundo revelou o procurador-geral da República.
Vai sobrar mesmo para o professor Charlinton Machado que não tem nada a perder. Pelo contrário, a visibilidade da campanha pode credenciá-lo – dependendo do desempenho dele – a uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2018.
Em relação ao PT, a estrela, símbolo da agremiação, despenca ao subsolo da rejeição de um povo que um dia a colocou para cintilar nas mais altas nuvens dessa nação chamada Brasil.