“Vou ter que cortar serviços essenciais”. Foi a frase usada pelo Diretor Clínico do Hospital Napoleão Laureano, Dr. Fernando Carvalho. Alguns minutos de conversa com o médico foram suficientes para entender o colapso financeiro que a instituição enfrenta.
Não por problemas de gestão, mas por aumento da demanda de pacientes nos últimos dois anos. Segundo dados do Diretor, o Governo Federal repassa pouco mais de R$ 4 milhões mensais para a entidade. O problema é que aumentou 65% os casos confirmados de câncer no Estado, nos últimos dois anos e a receita é a mesma de 2013.
Além disso, também houve reajuste dos insumos e medicamentos hospitalares. Devido a isso, o déficit mensal é de R$ 700 mil. A fila de espera aumenta, a demanda cresce e o repasse é o mesmo. Dr. Fernando apela à solidariedade da população, que contribua através da conta de energia. É válido? é! Mas não vai sanar o problema, haja vista que as contribuições representam 6% da receita e 74% são recursos do Governo Federal.
Além do mais já pagamos muito caro para ter uma saúde pública debilitada. A obrigação moral de manter à instituição de pé, oferecendo serviços de qualidade à população, é da classe política. Estado, Prefeituras e, principalmente, parlamentares, poderiam comprar essa briga e tirar o Laureano da UTI. Vereadores, Deputados e Senadores poderiam destinar emendas para instituição.
Estado e Prefeituras poderiam ajudar a causa com verbas destinadas ao combate à pobreza, como por exemplo, FAC (Fundação de Ação Comunitária) e FUNCEP (Fundo de Combate à pobreza). São algumas sugestões que contribuem para o debate, que deveria ser travado na Câmara Municipal- que leva o mesmo nome do hospital- e na Assembléia Legislativa.
Chega de debates eleitorais antecipados! chega de estratégias maquiavélicas pelo poder! ajudem, nem que seja com o debate, àqueles que estão na fila de espera lutando pela sobrevivência! defendam os verdadeiros interesses da população e reconquistam a confiança do povo!